Jantar de Natal 4 CLE
Vamos realizar um jantar de Natal do 4º CLE e queremos a participação de todos!!!
Vamos convidar professores também e gostávamos muito de reunir o maior número de pessoas do 4 CLE no jantar... vamos matar saudades, sim?!?
Então é assim: dia 22 de Dezembro, sexta-feira, no Chinês da Av. das Forças Armadas (o nosso Chinês!!!) bem perto da facul...
Horas? 19h30 na entrada da Residência da Faculdade ou então 20h15 no Restaurante.
Confirmem até dia 20 de Dezembro para mim ou para a Vaquinha.
Isabel - 962413203
Vaquinha - 964888163/932176377
PIQUEM-SE!!!
Beijinhosssss
E quando ninguém nos lembra?...
Estamos a deixar esmorecer a nossa escrita, os nossos pensamentos, a partilha deles?... Ou simplesmente estamos submergidos em tanta coisa nova, num cansaço característico, em turnos que dão connosco em malucos?...
Hoje entrou um senhor para o serviço (um dos três que entrou). Ao olhar para ele perguntei a mim mesma se poderia estar aquele senhor vivo... se poderia aquele senhor sentir, encontrar paz dentro de si... um bocado, nem que seja uma réstia de felicidade para se agarrar a esta vida... A resposta imediata foi não. Sem ninguém que o lembre cá, um fantasma que vagueia sozinho pelas ruelas da vida, e que agora só pode estar a sofrer. Magro, anquilosado, parecia um corpo de uma criança envelhecida deitado numa cama de um serviço de adultos. Respira, tem pulso (ainda que até este parece esconder-se por trás das rugas do seu pescoço)... Temos de entubá-lo e canalizar-lhe uma veia periférica... não será tortura? Mantê-lo preso a uma vida que interrogo, apenas porque não o podemos deixar partir. Compreendo e não compreendo.
A morte espreita a cada segundo e leva com ela o sofrimento atroz a que algumas daquelas pessoas estavam submetidas. Leva com ela as lágrimas de quem fica e lembra com carinho. Leva os momentos que já foram. Leva um corpo e uma alma. Fica no entanto a memória de quem era aquela pessoa... e morre verdadeiramente, quando morre a última pessoa que a lembra.
E quando ninguém nos lembra?... Quando a nossa morte marca o fim da nossa existência por cá?
A solidão é o pior castigo, a pior dor, a pior morte. Sós, por cá, ainda que com pulso e frequência respiratória... estamos mortos.
E quero poder dizer-lhe ao ouvido: "eu ficarei cá e lembrar-me-ei de si".