Wednesday, January 10, 2007

Tenho saudades...

Tenho saudades do que somos mas fomos de forma tão intensa ao longo de 4 anos. Saudades de ti, de ti e de ti... daquele, de vocês, dele, dela,... de todos. Dos sorrisos trocados nos corredores. Dos olhares cúmplices. Da partilha de um estágio. Das histórias contadas em jeito de debate e aprendizagem. Das músicas e cantorias. Do "bom dia" sorridente, apenas porque estávamos lá, juntos. Saudades de vos ver todos os dias. Dos professores e das secas que nos davam às vezes. Dos papéis trocados nas aulas. De nós. Simplesmente. Foi tudo lindo, e queria dizê-lo mais uma vez. Somos o que somos hoje porque vivemos o que vivemos juntos. Há quem viva a faculdade e se lembre dela como apenas "mais uma fase". Eu... olho a faculdade como uma casa, uma escola, uma fonte de mudança, uma fonte de crescimento... uma vida. Não consigo lembrar tudo, precisava de tanto tempo... pensem na quantidade de coisas que fizemos, de momentos que vivemos, de lutas que travámos... Lembrem-se e chorem de alegria e saudade, sorriam de orgulho. Nem todos fazem a "nossa viagem". Nós somos o 4 CLE da Gulbenkian... sem mais. Tenho saudades...

Monday, December 11, 2006

O palavrão...

Gostei especialmente destes dois textos que me mandaram nos últimos dias para o mail... quem me conhece sabe porquê. Também eu gosto de recorrer ao palavrão de vez em quando. Talvez por ter vivido 3 anos em Espanha e ter tido sempre um grande contacto com o povo espanhol, o "palavrão" é para mim algo que faz parte da nossa linguagem e que não tem que adquirir o peso maldoso e malcriado que lhe é associado múltiplas vezes... é mais uma palavra, uma expressão, uma forma de dizermos o que vai cá dentro, de nos rirmos, de darmos ênfase a uma ideia, de nos rirmos, de deitarmos a raiva cá para fora... é tanta coisa, e quase nenhuma dessas coisas é má. Leiam e deliciem-se...

O Poder Libertador Do Palavrão

Miguel Esteves Cardoso


«Já me estão a cansar... parem lá com a mania de que digo muitos palavrões, caralho! Gosto de palavrões! Como gosto de palavras em geral. Acho-os indispensáveis a quem tenha necessidade de dialogar... mas dialogar com carácter! O que se não deve é aplicar um bom palavrão fora do contexto, quando bem aplicado é como uma narrativa aberta, eu pessoalmente encaro-os na perspectiva literária! Quando se usam palavrões sem ser com o sentido concreto que têm, é como se estivéssemos a desinfectá-los, a torná-los decentes, a recuperá-los para o convívio familiar. Quando um palavrão é usado literalmente, é repugnante. Dizer "Tenho uma verruga no caralho" é inadmissível.
No entanto, dizer que a nova decoração adoptada para a CBR 900 '2000 não lembra ao "caralho", não mete nojo a ninguém. Cada vez que um palavrão é utilizado fora do seu contexto concreto e significado, é como se fosse reabilitado. Dar nova vida aos palavrões, libertando-os dos constrangimentos estritamente sexuais ou orgânicos que os sufocam, é simplesmente um exercício de libertação. Quando uma esferográfica não escreve num exame de Estruturas "ah a grande puta... não escreve!", desagrava-se a mulher que se prostitui. Em Portugal é muito raro usarem-se os palavrões literalmente. É saudável. Entre amigos, a exortação "Não sejas conas", significa que o parceiro pode não jogar um caralho de GT2. Nada tem a ver com o calão utilizado para "vulva", palavra horrenda, que se evita a todo o custo nas conversas diárias. Pessoalmente, gosto da expressão "É fodido..." dito com satisfação ate parece que liberta a alma! Do mesmo modo, quando dizemos "Foda-se!", é raro que a entidade que nos provocou a imprecação seja passível de ser sexualmente assaltada
Por ex.: quando o Mário Transalpino descia os 8 andares para ir à garagem buscar a moto e verificava que se tinha esquecido de trazer as chaves... "Foda-se!!" não existe nada no vocabulário que dê tanta paz ao espírito como um tranquilo "Foda-se...!!". O léxico tem destas coisas, é erudito mas não liberta. Os palavrões supostamente menos pesados como "chiça" e "porra", escandalizam-me. São violentos. Enquanto um pai, ao não conseguir montar um avião da Lego para o filho, pode suspirar após três quartos de hora, "ai o caralho...", sem que daí venha grande mal à família, um "chiça", sibilino e cheio, pode instalar o terror. Quando o mesmo pai, recém-chegado do Kit-Market ou do Aki, perde uma peça para a armação do estendal de roupa e se põe, de rabo para o ar, a perguntar "onde e que se meteu a puta da porca...?", esta a dignificar tanto as putas como as porcas, como as que acumulam as duas qualidades. Se há palavras realmente repugnantes, são as decentes como "vagina", "prepúcio", "glande", "vulva" e "escroto". São palavrões precisamente porque são demasiadamente inequívocos... para dizer que uma localidade fica fora de mão, não se pode dizer que "fica na vagina da mãe" ou "no ânus de Judas". Todas as palavras eruditas soam mais porcas que as populares e dão menos jeito! Quem é que se atreve a propor expressões latinas como "fellatio" e "cunnilingus"? Tira a vontade a qualquer um!
Da mesma maneira, "masturbação" é pesado e maçudo, prestando-se pouco ao diálogo, enquanto o equivalente popular "esgalhar um pessegueiro", com a ressonância inocente que tem, de uma treta que se faz com o punho, é agradavelmente infantil. Os palavrões são palavras multifacetadas, muito mais prestáveis e jeitosas do que parecem. É preciso é imaginação na entoação que se lhes dá. Eu faço o que posso.»
Foda-se (adaptado)

Millôr Fernandes


O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à
quantidade de "foda-se!" que ela diz.
Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"?
O "foda-se!" aumenta a minha auto-estima, torna-me uma
pessoa melhor.
Reorganiza as coisas. Liberta-me.
"Não quer sair comigo?! - então, foda-se!"
"Vai querer mesmo decidir essa merda sozinho(a)?! - então,
foda-se!"
O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição.
Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos
extremamente válidos e criativos para dotar o nosso vocabulário
de expressões que traduzem com a maior fidelidade os nossos
mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo a fazer a sua
língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que
vingará plenamente um dia.
"Comó caralho", por exemplo. Que expressão traduz melhor a
ideia de muita quantidade que "comó caralho"?
"Comó caralho" tende para o infinito, é quase uma expressão
matemática.


A Via Láctea tem estrelas comó caralho!
O Sol está quente comó caralho!
O universo é antigo comó caralho!
Eu gosto do meu clube comó caralho!
O gajo é parvo comó caralho!
Entendes?
No género do "comó caralho", mas, no caso, expressando a
mais absoluta negação, está o famoso "nem que te fodas!".
Nem o "Não, não e não!" e tão pouco o nada eficaz e já sem
nenhuma credibilidade "Não, nem pensar!" o substituem.
O "nem que te fodas!" é irretorquível e liquida o assunto.
Liberta-te, com a consciência tranquila, para outras actividades
de maior interesse na tua vida.
Aquele filho pintelho de 17 anos atormenta-te pedindo o carro
para ir surfar na praia? Não percas tempo nem paciência.
Solta logo um definitivo:
"Huguinho, presta atenção, filho querido, nem que te fodas!".
O impertinente aprende logo a lição e vai para o Centro
Comercial encontrar-se com os amigos, sem qualquer problema,
e tu fechas os olhos e voltas a curtir o CD (...)
Há outros palavrões igualmente clássicos.
Pense na sonoridade de um "Puta que pariu!", ou o seu
correlativo "Pu-ta-que-o-pa-riu!", falado assim, cadenciadamente,
sílaba por sílaba.
Diante de uma notícia irritante, qualquer "puta-que-o-pariu!", dito
assim, põe-te outra vez nos eixos.
Os teus neurónios têm o devido tempo e clima para se
reorganizarem e encontrarem a atitude que te permitirá dar um
merecido troco ou livrares-te de maiores dores de cabeça.
E o que dizer do nosso famoso "vai levar no cu!"? E a sua
maravilhosa e reforçadora derivação "vai levar no olho do cu!"?
Já imaginaste o bem que alguém faz a si próprio e aos seus
quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de
seu interlocutor e solta:
"Chega! Vai levar no olho do cu!"?


Pronto, tu retomaste as rédeas da tua vida, a tua auto-estima.
Desabotoas a camisa e sais à rua, vento batendo na face, olhar
firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado
amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registar aqui a expressão de
maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu-se!". E a
sua derivação, mais avassaladora ainda: "Já se fodeu!".
Conheces definição mais exacta, pungente e arrasadora para
uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de
ameaçadora complicação?
Expressão, inclusivé, que uma vez proferida insere o seu autor
num providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo
assim como quando estás a sem documentos do carro, sem
carta de condução e ouves uma sirene de polícia atrás de ti a
mandar-te parar. O que dizes? "Já me fodi!"
Ou quando te apercebes que és de um país em que quase nada
funciona, o desemprego não baixa, os impostos são altos, a
saúde, a educação e … a justiça são de baixa qualidade, os
empresários são de pouca qualidade e procuram o lucro fácil e
em pouco tempo, as reformas têm que baixar, o tempo para a
desejada reforma tem que aumentar … tu pensas "Já me fodi!"
Então:
Liberdade,
Igualdade,
Fraternidade
e
foda-se!!!
mas não desespere:
Este país … ainda vai ser "um país do caralho!"
Atente no que lhe digo!

Friday, November 24, 2006

Jantar de Natal 4 CLE

Vamos realizar um jantar de Natal do 4º CLE e queremos a participação de todos!!!
Vamos convidar professores também e gostávamos muito de reunir o maior número de pessoas do 4 CLE no jantar... vamos matar saudades, sim?!?
Então é assim: dia 22 de Dezembro, sexta-feira, no Chinês da Av. das Forças Armadas (o nosso Chinês!!!) bem perto da facul...
Horas? 19h30 na entrada da Residência da Faculdade ou então 20h15 no Restaurante.
Confirmem até dia 20 de Dezembro para mim ou para a Vaquinha.
Isabel - 962413203
Vaquinha - 964888163/932176377
PIQUEM-SE!!!
Beijinhosssss

Monday, November 13, 2006

www.pedacosdaminhaarte.blogspot.com

Visitem e divulguem:
www.pedacosdaminhaarte.blogspot.com

Wednesday, November 01, 2006

E quando ninguém nos lembra?...

Estamos a deixar esmorecer a nossa escrita, os nossos pensamentos, a partilha deles?... Ou simplesmente estamos submergidos em tanta coisa nova, num cansaço característico, em turnos que dão connosco em malucos?...
Hoje entrou um senhor para o serviço (um dos três que entrou). Ao olhar para ele perguntei a mim mesma se poderia estar aquele senhor vivo... se poderia aquele senhor sentir, encontrar paz dentro de si... um bocado, nem que seja uma réstia de felicidade para se agarrar a esta vida... A resposta imediata foi não. Sem ninguém que o lembre cá, um fantasma que vagueia sozinho pelas ruelas da vida, e que agora só pode estar a sofrer. Magro, anquilosado, parecia um corpo de uma criança envelhecida deitado numa cama de um serviço de adultos. Respira, tem pulso (ainda que até este parece esconder-se por trás das rugas do seu pescoço)... Temos de entubá-lo e canalizar-lhe uma veia periférica... não será tortura? Mantê-lo preso a uma vida que interrogo, apenas porque não o podemos deixar partir. Compreendo e não compreendo.
A morte espreita a cada segundo e leva com ela o sofrimento atroz a que algumas daquelas pessoas estavam submetidas. Leva com ela as lágrimas de quem fica e lembra com carinho. Leva os momentos que já foram. Leva um corpo e uma alma. Fica no entanto a memória de quem era aquela pessoa... e morre verdadeiramente, quando morre a última pessoa que a lembra.
E quando ninguém nos lembra?... Quando a nossa morte marca o fim da nossa existência por cá?
A solidão é o pior castigo, a pior dor, a pior morte. Sós, por cá, ainda que com pulso e frequência respiratória... estamos mortos.
E quero poder dizer-lhe ao ouvido: "eu ficarei cá e lembrar-me-ei de si".

Thursday, October 05, 2006

With our own two hands...


i can change the world
with my own two hands
make a better place
with my own two hands
make a kinder place
with my own two hands
with my own
with my own two hands
i can make peace on earth
with my own two hands
i can clean up the earth
with my own two hands
i can reach out to you
with my own two hands
with my own
with my own two hands
i'm gonna make it a brighter place
i'm gonna make it a safer place
i'm gonna help the human race
with my own
with my own two hands
i can hold you
with my own two hands
i can comfort you
with my own two hands
but you got to use
use your own two hands
use your own
use your own two hands
with our own
with our own two hands
with my own
with my own two hands
Ben Harper, "With my own two hands"
(um GRITO para todos: nós podemos mudar o mundo, torná-lo um lugar melhor, "with our own two hands")

Tuesday, October 03, 2006

"O meu coração batia a mil..."

A minha primeira manhã/tarde, depois de uma troca pedida por um colega, à qual acedi porque temos de ser "uns para os outros".
A manhã tinha-se passado bem, com muito trabalho mas sem grande stress... e chegava a tarde, apenas com mais uma colega. Tudo nos aconteceu. Tivemos de puncionar imensos doentes tanto para colocação de CVP como para colheita de hemoculturas... eles, alheios ao nosso cansaço e ansiedade, lá esticavam o braço, gracejavam palavras entrecortadas pelo receio de sentir uma agulha a penetrar-lhes a pele e enrugavam a face ao sentir a dor que lhes provocávamos, mas que era necessária. O sr. do hospital de dia, a mão com um seroma enorme... "está tudo bem?" "dói-me um pouco a mão". Parar a transfusão de sangue de imediato, e recomeçar noutro acesso. Tentar melhorar aquele inchaço e hematoma... o sr. que chora apenas porque "fui muito boa para ele, fiz-lhe muito bem". Emudeço. Apetece-me abraçá-lo e dar-lhe um beijo. Dou-lhe apenas a mão e digo "não precisa de agradecer, então? Estamos aqui para isto".
Entretanto, as tensões estavam altas, os anti-hipertensores saltavam das gavetas da medicação para a boca dos doentes... a febre espreitava ao longe e bem perto, e também os anti-piréticos faziam a mesma viagem.
Então, umas veias resistentes às nossas investidas, teimavam em fugir da agulha que as procurava... e a decisão "é necessário colocar um CVC". No meio do caos, parecia então o pesadelo. E as horas a passarem... Eu, na sala, com o doente, a médica, o material... sem saber o que fazer. A médica que compreende e que me diz, passo-a-passo, o que fazer. O nervoso miudinho falava por vezes mais alto e algum material tive de ir buscar em duplicado, porque contaminei, sem querer. As palavras "não se preocupe, temos tempo, ninguém nasce ensinado. O que importa é que as coisas fiquem bem feitas". A tranquilidade que necessitava...
Acabou. Então sai cá fora, e de imediato ouço a minha colega comunicar à médica, "o sr. da cama x faleceu". Ele? Tão indefeso, magro, carcomido pela vida e por ele mesmo. Acompanhado e tão sozinho. O rosto indiferente, estático, gelado. O corpo, leve como uma pena, inerte. Cuidamos dele e fechamo-lo naquele saco tão impessoal... como haveria de ser pessoal se é apenas e só um saco? A imagem... a etiqueta no dedo do pé, como nos filmes, naquele momento então... realidade. O sr. auxiliar do hospital (não do serviço) que vem buscar o corpo, mas que mete apenas um saco na maca, como se não soubesse, não se lembrasse que estava também ali uma pessoa. O saco, ele levou o saco. E nós. Nós comunicamos a morte de um familiar, de um filho, de um primo, de um neto... de uma pessoa.
Deitamos os doentes, aconchegando-os o mais possível, num ambiente que não é o deles.
E quando conseguimos por fim iniciar o ritual do "escrever registos" lembrei que tinha posto o termómetro ao senhor que tinha entrado (um dos dois que deram entrada connosco nessa tarde). Fui, e no quarto, a sei lado, estava o sr. A., a quem antes tinha sido colocado o CVC. Apresentava agitação psicomotora, com discurso incoerente (como viria a referir nos registos escritos de acordo com o meu "eu" enfermeira). O meu "eu" pessoa, diria que o senhor estava aflito... dizia que não queria a máscara (que lhe dava o oxigénio essencial para ele), que queria ir a um qualquer lugar que não especificava, que queria sair... o olhar, vagueava entre o olhar para mim e o olhar para outro local, que não aquele onde se encontrava. Senti que algo ali não estava bem. Não era uma agitação normal de um doente confuso, até porque momentos antes o senhor estava bem, perfeitamente orientado, estava "aqui", e não noutro sítio qualquer. Chamei a minha colega "B., é melhor vires. O sr. da cama x está agitado, não estou a perceber muito bem." Quando as duas tentámos falar melhor com ele, a minha colega disse "é melhor chamares a médica de urgência". Entretanto, os colegas que nos iam render à noite já tinham também chegado. Sai do quarto, procurando o número para o qual iria ligar. A minha colega saiu do quarto, pálida, e gritou "rápido, ele está a parar, a sério". Gelei. Gritei para o G., "liga tu, que eu ainda não sei bem onde está o número" e corri para o carro de reanimação. Com a ajuda de I., lá o levamos para o quarto. Coloquei a placa dura por baixo do senhor. O meu coração batia a mil, o dele estava a desistir de bater. Começaram as compressões, e eu iniciei a ventilação com Ambu. As médicas chegaram e entre medicação, manobras de reanimação, cortinas corridas e entubação OT, olhei o cenário á minha volta, pensei que não estávamos ali a fazer nada. Que nada daquilo fazia sentido. Mas ele não tinha indicação para não reanimar. E prosseguiu-se. Assim tinha de ser.
Tinha 95 anos, nunca tinha ido ao médico, nunca tinha estado doente.
Morreu.
O coração dele aguentou toda uma vida, mas não suportou um momento.
O meu coração batia a mil...